quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ministério buscará se antecipar às crises

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, afirmou que pretende inaugurar uma nova concepção de gestão, com políticas agrícolas que protejam os produtores antes de momentos de crise. A declaração foi feita na abertura da reunião ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), realizada nesta terça-feira, 30 de agosto, em Brasília.

“Temos que nos antecipar à crise e ter políticas agrícolas para quem quer produzir. Temos que trabalhar muito e estou disposto a isso. Esse ministério é dos pequenos, dos médios e dos grandes (produtores) - é de todos. Não podemos excluir ninguém”, declarou.


Mendes Ribeiro Filho solicitou que os secretários estaduais elaborem uma pauta com as suas principais demandas para que o ministério possa desenvolver projetos que atendam às necessidades específicas de cada região.


“Vou investir em programas que façam com que o pequeno possa crescer, porque eu não vou ter grande produtor se o pequeno não for incentivado. Juntos vamos realizar um grande trabalho”, salientou.


Durante a reunião foi realizada a eleição da nova presidência que comandará o Conseagri de 2011 a 2013. Hoje a presidente do Conselho é a secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias. Ela será substituída pelo secretário de Estado de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia, Eduardo Seixas de Salles. O vice-presidente no período será o secretário de Estado de Produção Rural do Amazonas, Eron Bezerra.

Programa de Armazenagem será lançado na 34ª Expointer

O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), em parceria com a Emater/RS, lança o Programa de Armazenagem, nesta quinta-feira (1º), às 16 horas, na Casa do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O programa visa garantir a qualidade do arroz na propriedade rural bem como incentivar o armazenamento. A previsão é que a iniciativa se inicie já neste segundo semestre de 2011.
De acordo com o presidente do Irga, Claudio Brayer Pereira, com esse Programa serão minimizadas as perdas das colheitas, características de quem não tem armazenamento, proporcionando ao pequeno e médio orizicultor segurança no produto colhido. “A estratégia da ação possibilita a secagem e o armazenamento em nível de propriedade, onde o produtor é dono da sua produção, até o momento que achar oportuno comercializar”, salienta.
A ação irá suprir as deficiências no armazenamento do arroz, sendo estendido, posteriormente, para os pequenos e médios produtores de milho, feijão e soja. Também será realizado pelas entidades envolvidas um diagnóstico do tamanho da propriedade e o número de produtores que teremos que atender.
Segundo a equipe de Política Setorial do Irga, existem 3,35 mil produtores de arroz que não têm armazenagem, sendo que desse total, 91% são pequenos e médios orizicultores, com áreas de até 100 hectares. Isso representa 49% da necessidade de armazenamento, já que os outros 9% são grandes produtores, com áreas acima de 500 hectares. Além disso, foi realizado um levantamento das necessidades financeiras do programa, onde buscará orientar os produtores interessados sobre alternativas de financiamento.


Participam da solenidade de lançamento, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Emater, BRDE, produtores, e demais convidados.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Tendência para El Niño e La Niña

TSM - NOAA SIMULAÇÕES INDICAM NOVO DECLÍNIO DE TEMPERATURA E POSSIBILIDADE DO RETORNO DO LA NIÑA NO FIM DO ANO: A temperatura da água do Oceano Pacífico próxima da Linha do Equador encontra-se em torno da média na maior parte das áreas de monitoramento (análise feita em 27 de julho). Apenas o Pacífico Leste encontra-se mais quente que o normal e este é um dos fatores responsáveis pelos bloqueios atmosféricos que vêm sendo registrados há pelo menos dois meses sobre a Região Sul. As condições oceânicas se apresentam praticamente neutras, sem os fenômenos El Niño ou La Niña. Para os próximos meses, a atualização de 02 de agosto da simulação do NCEP-NOAA indica um novo e acentuado declínio da temperatura para a partir de outubro. Caso a previsão se confirme, um novo fenômeno La Niña se formaria, com influência sobre o clima para a partir do fim do ano (entre o fim da primavera e decorrer do verão). 

Segundo a simulação, o desvio da temperatura alcançaria valores abaixo de -0,5°C a partir de outubro, chegando a -1°C em janeiro de 2012. Trata-se de uma situação muito semelhante a registrada no biênio 2008-2009. Naquela época, depois de um fenômeno La Niña intenso, o meio do ano de 2008 mostrou-se neutro, porém entre o fim de 2008 e 2009, a temperatura voltou a cair, com desvio trimestral que chegou a -0,8°C (dezembro-janeiro-fevereiro). 

De qualquer forma, a confirmação do retorno do fenômeno La Niña para o próximo verão ainda carece de mais atualizações da simulação. Outras simulações como a americana IRI-COLUMBIA mantêm um declínio menos acentuado da temperatura da água do mar e a persistência da neutralidade climática até o próximo verão. SOMAR Meteorologia

BOLETIM CLIMÁTICO PARA ARROZ SAFRA 2011/2012

Apesar do excesso de chuva registrado em boa parte da Região Sul nos últimos meses, a fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai não recebeu chuvas tão significativas. Desde junho, choveu em torno de 100mm menos que o normal em toda a Fronteira Oeste e Metade Sul do Rio Grande do Sul. Já não há o fenômeno La Niña desde meados do outono, as precipitações até ficaram mais regulares, porém a quantidade foi aquém do normal. A previsão para setembro é de chuva acima da média nas áreas produtoras de arroz do oeste e sul do Rio Grande do Sul, mas o desvio não passa dos 50mm nas áreas produtoras. 

Outubro será semelhante, com chuva acima da média e desvios de 50mm no oeste e de 25mm no sul do Estado. Se por um lado, as chuvas ligeiramente acima da média contribuem para um razoável aumento do nível de reservatórios, a grande freqüência de precipitação atrapalha as atividades de plantio, à exemplo do ano de 2008. A partir de novembro, o padrão muda completamente e as chuvas diminuem consideravelmente sobre toda a Região Sul. Entre dezembro e fevereiro, a previsão é de precipitações acima da média no oeste e sul do Rio Grande do Sul, porém alertamos para o fato de que estas precipitações serão localizadas. Ou seja, esperam-se alguns eventos de chuva forte, porém isto não implica em um verão chuvoso, ainda mais com a presença do fenômeno La Niña.

Costa Rica pretende reduzir a produção e aumentar as importações de arroz dos EUA

A Costa Rica concordou em reduzir sua produção de arroz em 70% e aumentar suas importações de arroz em 30% para facilitar um acordo de livre comércio (TLC) com os EUA.
A parte difícil será determinar quais são os agricultores que deverão ter suas áreas reduzidas. Com as importações de arroz dos EUA aproximadamente 88.000 ton em 2010, um aumento de 30% a este nível representa um total de cerca de 118.000 ton.
O Presidente da Associação de Produtores da Costa Rica disse que o governo aceitou a redução nacional da área plantada, no entanto não está claro quem e quanto devem reduzir.

domingo, 28 de agosto de 2011

Previsão Climática 30 dias - Região Sul do Brasil

Região Sul
Próximos dias

29/08

Na segunda-feira, a frente fria estaciona entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e os acumulados de chuva voltam a aumentar. Na Serra Geral, esperam-se mais de 45mm. Chove ainda na metade sul e no oeste do Paraná. O tempo fica seco na metade sul do Rio Grande do Sul e no centro norte do Paraná. As temperaturas mínimas voltam a baixar nas cidades que fazem fronteira com o Uruguai, onde baixam de 8°C. Mas em grande parte da região Sul a segunda-feira ainda amanhece mais abafada. As máximas seguem elevadas apenas na metade norte do Paraná, onde passam dos 30°C, mas em grande parte da região Sul elas baixam e a máxima não passa dos 18°C em localidades do sul e leste do Rio Grande do Sul.

30/08
Na terça-feira a frente fria segue provocando chuvas entre a metade norte do Rio Grande do Sul e o Paraná. Durante a madrugada os temporais atingem o norte e serra gaúcha, oeste e o sul de Santa Catarine e o sudoeste e sul do Paraná. Junto com estes temporais esperam-se trovoadas granizo e rajadas de vento em torno dos 70Km/h entre o oeste catarinense e o sudoeste do Paraná. Os maiores acumulados de chuva serão registrados entre o sudoeste do Paraná e o oeste de Santa Catarina, onde chegam a 30mm no fim do dia. Já entre o Oeste e o Sul do Rio Grande do Sul uma massa de ar frio, deixa o tempo seco e com sol entre nuvens no ao longo do dia, além de baixar as temperaturas. No inicio da manha as mínimas ficam abaixo dos 10°C na região de fronteira com o Uruguai, as temperaturas mínimas ficam um pouco mais amenas, próximas dos 15°C. Durante a tarde a sensação términa vai ser frio no Rio Grande do Sul, já que as máximas não passam dos 20°C. Já entre Santa Catarina e o Paraná a tarde fica mais agradável, com máximas que passam dos 28°C no norte paranaense. 

Previsão estendida
Na segunda-feira, a frente fria estaciona entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e os acumulados de chuva voltam a aumentar. Na Serra Geral, esperam-se mais de 45mm. Chove ainda na metade sul e no oeste do Paraná. O tempo fica seco na metade sul do Rio Grande do Sul e no centro norte do Paraná. As temperaturas mínimas voltam a baixar nas cidades que fazem fronteira com o Uruguai, onde baixam de 8°C. Mas em grande parte da região Sul a segunda-feira ainda amanhece mais abafada. As máximas seguem elevadas apenas na metade norte do Paraná, onde passam dos 30°C, mas em grande parte da região Sul elas baixam e a máxima não passa dos 18°C em localidades do sul e leste do Rio Grande do Sul. Na terça-feira, continua chovendo forte sobre o extremo norte do Rio Grande do Sul, em Canta Catarina e no sul do Paraná. Na quarta-feira, a chuva perde força e atinge só o nordeste Catarinense e o Paraná. Entre 01 e 05 de setembro, a chuva diminui na Região Sul e a temperatura entra em declínio.

Previsão para Restinga Seca-RS / 15 Dias



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O governo local do Paquistão atribui os baixos preços das exportações de arroz à infra-estrutura precária e práticas de exportação

As lavouras de arroz da província de Sindh, sudeste do Paquistão estão secando, pela ruptura de canais devido as fortes chuvas, causando prejuízos as lavouras de arroz irrigado. Cerca de 360.000 hectares, aproximadamente 12% da área de arroz no Paquistão(2,9 milhões de hectares) estão secando. Fontes no Paquistão dizem que estão preocupados que estes danos aos cultivos e mantêm as preocupações atuais de qualidade para o Paquistão para chegar a valores de exportação de 2,5 bilhões de dólares. O governo da província de Sindh, no Paquistão culpa as baixas cotações do arroz em comparação com outras fontes, a falta de compromisso dos exportadores. Eles dizem que a qualidade do arroz local é reduzida pelos exportadores pela mistura de grãos quebrados.

O Paquistão exportou cerca de 4 milhões de toneladas de arroz em 2009-10, mas apenas cerca de 2,8 milhões em 2010-11, após as inundações de Julho de 2011, que devastaram as lavouras de arroz em Sindh e Punjab, de acordo USDA. O USDA estima que o Paquistão exportará 3,9 milhões de toneladas em 2011-12.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Leilão negocia 96% dos contratos de opção de arroz

O Leilão de Contratos de Opção realizado nesta quinta-feira (25/8) negociou 96,16% da oferta de
4.630 contratos oferecidos para os estados de RS, SC e PR. A maior parte dos títulos, 4.075, foi dirigida ao RS, com 92 para o Paraná e 463 para Santa Catarina. Toda a oferta de contratos aos mercados gaúcho e paranaense foi negociada, mais 285 na praça catarinense, somando R$ 657.578,05 nas operações. O saldo foi de 178 contratos não negociados em Santa Catarina.

O Contrato de Opção de Venda é uma modalidade de seguro de preços que dá ao produtor rural ou a sua cooperativa o direito, mas não a obrigação, de vender seu produto para o governo, em uma data futura, a um preço previamente fixado. Serve para proteger o produtor contra os riscos de queda nos preços.


A Conab realizará leilões de PEP e Pepro de arroz no próximo dia 1º de setembro.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pesquisa leva sustentabilidade para as plantações de arroz

Cláudio Mundstock, consultor do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) e professor aposentado da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), é um exemplo de colaboração à melhoria da produção de cereais no Estado e à produção sustentável. Ao longo de sua carreira, Mundstock tem contribuído para a adoção de mais sustentabilidade no campo e à formação de engenheiros-agrônomos e estudantes na área de fisiologia e manejo de plantas de lavoura, com ênfase nas culturas do milho, trigo, cevada, aveia e girassol.


O trabalho de Mundstock se iniciou em 1969 na Ufrgs, passando pelo ensino na graduação e orientação na pós-graduação. Seu trabalho no campo foi especialmente com grãos, pesquisando as melhores tecnologias para efetuar o plantio de determinados tipos de culturas e solos. Os estudos com nitrogênio, que envolve adubação, e as práticas de cultivo em lavoura são dois de seus campos de atuação que merecem destaque, pois geraram diversas recomendações técnicas para a produção no Estado.


“Nosso trabalho sempre busca chegar aos produtores e melhorar sua produtividade, e felizmente se converteram em recomendações efetivamente aplicadas pelos agricultores”, afirma Mundstock. Ele lembra, ainda, que, na academia, suas pesquisas também têm sido ensinadas, inclusive com a publicação de cerca de dez livros. Os estudos do especialista na Ufrgs focaram precisamente sobre as características fisiológicas das plantas de alimentos, o que possibilita o aprofundamento do conhecimento do seu funcionamento.


O especialista se aposentou na Ufrgs em 2003 e permaneceu contribuindo nos anos seguintes como professor convidado. Em 2005, afastou-se da academia e passou a atuar como consultor técnico do Irga na área de gestão ambiental, buscando tecnologias mais limpas para a cadeia do arroz. Atualmente, o trabalho de Mundstock no Irga é fundamental para adequar as lavouras de arroz aos preceitos de sustentabilidade ambiental, econômica, social e cultural. Seus desafios são informar agricultores e membros da cadeia do arroz quanto às técnicas de cultivo mais adequadas para produzir e o correto uso de fertilizantes, conservando as propriedades da terra e da água.




Conscientização ambiental cresce entre os produtores
Cláudio Mundstock percebe que a maioria dos produtores de arroz gaúchos hoje já trabalha atentos aos conceitos de sustentabilidade. No entanto, há exceções, em especial na má aplicação de defensivos. “Um bom manejo de lavoura possibilita a degradação dos defensivos dentro da própria lavoura, sem escorrer ao rio. No entanto, muitas lavouras de arroz ainda são drenadas”, explica. “Felizmente, estamos conseguindo ampliar a conscientização dos produtores quanto à importância da sustentabilidade e da segurança dos alimentos”, observa.


O consultor do Irga explica que a produção de arroz ainda é vista pela sociedade urbana como fonte de intenso desperdício de água, e isto exige um trabalho de conscientização que tem sido feito através de palestras, divulgação de material escrito e ações educacionais nas comunidades. “Na produção de alimentos, a lavoura de arroz é uma das mais eficientes em termos de consumo de água”, garante. “Para produzir um quilo de arroz, é necessário menos água do que para gerar um quilo de soja ou milho”.


Como não poderia deixar de ser, Mundstock acompanha de perto os debates sobre o Novo Código Florestal no Congresso. Embora ache que a proposta traga importantes melhorias ao setor agrícola, também entende que se apoia em uma visão errada por parte dos especialistas, que pensam em preservação (isolamento) em vez de conservação. “É preciso verificar qual é a maneira adequada de se conservar a biodiversidade sem prejudicar em espaço a produção de alimentos, assim como a integração do homem com a natureza”, aponta o pesquisador.


“Temos que nos preocupar, por exemplo, com o manejo adequado da água dos rios Gravataí e Sinos, que estão em ambiente urbano. Não se pode tirar o homem de sua proximidade”, aponta. O especialista explica que, da forma atual, o Código Florestal não deixa espaço para produzir alimentos. Alem disso, a área agrícola e urbana soma apenas 30% do País, enquanto 70% já são preservados.


Há 15 anos, Mundstock começou a contribuir com a escolha dos premiados do Prêmio O Futuro da Terra. Quando era presidente do Comitê da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapergs), foi convidado pelo Jornal do Comércio para ser jurado da distinção.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Japão estuda arroz que pode resistir a uma queda nuclear

O Japão tem sido elogiado por sua capacidade de recuperação dos efeitos da crise nuclear de Fukushima e agora uma agência de pesquisa está tentando desenvolver cultivares de arroz que absorvem menos césio radioativo do solo.

Anteriormente, pesquisadores japoneses estudaram os efeitos da radioatividade no cultivo de arroz com base em dados de testes nucleares atmosféricos conduzidos pelos EUA e a ex-União Soviética, de acordo com o Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas. No entanto, esta é a primeira vez que este tipo de estudo tem sido feito no arroz cultivado em solo contaminado com um nível bastante elevado de material radioativo, segundo a equipe de pesquisa.

Os cientistas estão examinando 110 variedades de arroz do Japão e em outras partes da Ásia e África, incluindo Índia e Bangladesh.

Um comerciante disse que isso deve ajudar a evitar a importação de arroz por parte do Japão, protegendo a indústria nacional de consumidores em adquirir um gosto para o arroz estrangeiro, especialmente desde que os EUA estão produzindo uma safra de arroz de grão médio e curto - o tipo de arroz consumido no Japão - e aproveitar a oportunidade para vender arroz para o Japão. A indústria do arroz no Japão segue altamente protegida e os consumidores pagam preços do arroz no varejo cerca de quatro vezes mais que o resto do mundo, o equivalente a US $ 4.000 por tonelada. O Japão produz pouco menos de 8 milhões de toneladas de arroz por ano, consumindo quase tudo. O comércio de arroz no Japão é mínimo, importando cerca de 100.000 toneladas por ano, o imposto de importação exorbitantes de cerca de 4.000 dólares por tonelada, e exporta cerca de 500 mil principalmente através de ajudas.

Para lidar com o excedente de arroz, o governo do Sri Lanka pede que as padarias usem farinha de arroz

Sri Lanka está tentando lidar com o excedente de arroz previsto para a próxima safra, incentivando a utilização de farinha de arroz na panificação para substituir a farinha de trigo, de acordo com o Ministério da Nação Desenvolvimento Econômico. O Ministério vai realizar uma série de workshops para ensinar os donos de padarias, a partir de 30 de agosto em Battaramulla, seguido por outros em 16 de setembro em Gampaha e Kelaniya, Moratuwa em 23 de setembro e 30 de setembro em Kaduwela.

Enquanto as padarias não serão capazes de substituir a farinha de trigo integral pela farinha de arroz, o ministériodisse que um substituto parcial deve ter um grande impacto. Em 2008, Sri Lanka importava cerca de 400.000toneladas de trigo e farinha, que custa ao país cerca de US $ 1 milhão de dólares. A produção de arroz no SriLanka deve dar um salto de cerca de 2,4 milhões de toneladas em 2010-11 para cerca de 2,9 milhões de toneladas em 2011-12 .

domingo, 21 de agosto de 2011

Previsão para Restinga Seca-RS / 15 Dias


Os temporais que vêm atingindo a Região Sul desde junho ainda não têm data para terminar. As frentes frias estão encontrando resistência em avançar pela Região Sul. Normalmente, elas ficam paradas sobre os três Estados, organizando a umidade da Amazônia e provocando chuva de elevado acumulado. Entre 01º de junho e 11 de agosto, o acumulado de chuva passou dos 700mm no noroeste do Rio Grande do Sul e dos 600mm entre o oeste de Santa Catarina e sul do Paraná, sendo que o normal seria algo em torno dos 300mm. Para o decorrer deste mês de agosto, já há previsão de chuva forte, com acumulado de mais de 100mm, especialmente sobre o sul do Rio Grande do Sul. Posteriormente, espera-se retorno do frio prolongado, começando a partir do dia 19 e prosseguindo até pelo menos 27 de agosto, com elevado risco de geadas tardias sobre os três Estados neste período.
Para setembro, o padrão de bloqueio atmosférico e o frio intenso e tardio prosseguem. Pelo menos duas simulações indicam declínio acentuado da temperatura para aproximadamente 10 de setembro. Ainda não é possível, no entanto, afirmar-se muita coisa sobre abrangência e intensidade deste frio. Já com relação ao desvio de chuva, ele será mais significativo entre o centro do Rio Grande do Sul e o centro do Paraná, com maior pico sobre o sul de Santa Catarina. De acordo com a simulação americana CFS, o desvio pode chegar aos 100mm em algumas cidades.
Para a primavera, a simulação CFS (previsão de nove meses) mantém a tendência de chuva acima da média sobre o Paraná, Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul, com desvios que variam entre 50mm e 100mm (em três meses). Ressaltamos que, apesar da previsão de chuva acima da média, esta precipitação será irregular. Especificamente no mês de novembro, espera-se longo período com tempo seco em grande parte da Região Sul.
Já para o verão, esta mesma simulação, apesar do retorno do fenômeno La Nina, indica precipitação próxima da média. Vale salientar, no entanto, que a média de chuva na Região Sul é naturalmente mais baixa no verão. Portanto, independentemente da previsão de normalidade, recomenda-se cautela com quaisquer tomadas de decisão, pois a quantidade de chuva nesta estação será bem menor que na estação anterior.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Indonésia: produção de arroz deverá aumentar 9% no próximo ano

O governo da Indonésia disse que a produção nacional de arroz deve aumentar em 9% no próximo ano para cerca de 74 milhões de toneladas. Em julho, o governo esperava que a próxima safra seria de cerca de 68 milhões de toneladas. Em 2010, a Indonésia produziu cerca de 66 milhões de toneladas de arroz.

A safra da Indonésia é cultivada e colhida entre outubro e dezembro, seguido por um período de escassez em janeiro e fevereiro.

A Indonésia normalmente importa arroz da Tailândia e do Vietnã. A Indonésia comprou 500 mil toneladas de arroz para repor os estoques durante o Ramadã.

Em janeiro, a Indonésia surpreendeu o mercado e comprou cerca de 800 mil toneladas de arroz da Tailândia,mais do que o esperado, elevando os preços mundiais em cerca de 472 dólares por tonelada, para 5% de arroz quebrado. O valor da tonelada passou os $100,00, superando os $580,00 por tonelada.



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Governo Federal anuncia leilões de 500 mil t de arroz para utilização em ração animal

Com a determinação de garantir o preço mínimo do arroz, o Governo Federal, em conjunto com o Governo do Estado, anunciou nesta segunda-feira, em Porto Alegre, a autorização de leilões para compra de arroz para utilização em ração animal. O anúncio foi feito pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, durante reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz realizada no Palácio Piratini. Está previsto o investimento de 60 milhões de reais para o escoamento de 500 mil toneladas do grão tipos 2 e 3 dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
 
 Pela modalidade PEPRO (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), os leilões devem ocorrer a partir do final do mês de agosto e devem ser realizados a cada 15 dias, ofertando, em média, 100 mil toneladas por vez. O arroz será utilizado na composição de ração para aves e suínos em substituição ao milho.

O governador Tarso Genro parabenizou a mobilização dos produtores, declarando que foi um importante impulso para que se chegasse a esse resultado. “Somos um governo democrático. Um governo de toda a sociedade gaúcha. O setor arrozeiro é uma das principais espinhas dorsais da economia do estado e terá sempre o nosso apoio”, assinalou Tarso.

O secretário da Agricultura do RS, Luiz Fernando Mainardi, declara que esta ação conclui uma etapa de trabalho que iniciou em fevereiro deste ano com a reinstalação da Câmara Setorial do Arroz pelo governador Tarso Genro durante a interiorização em São Borja. Segundo ele, os grupos de trabalho formados por técnicos do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Emater e instituições de pesquisa e de ensino apontaram a viabilidade técnica e nutricional do arroz para utilização em ração animal, além da viabilidade financeira em substituição ao milho.  Mainardi destaca que a ação favorece três setores ao mesmo tempo: arroz, aves e suínos. “Além de ajudar a enxugar o excedente de arroz, a medida desafoga os setores de aves e suínos que vêm sofrendo pelo alto custo do milho”, explica o secretário.

Além de comemorar o anúncio da medida, o presidente do Irga, Claudio Brayer Pereira, realizou uma prestação de contas dos últimos seis meses, apontando os mecanismos e ações adotados pelos governos Federal e Estadual até o momento. Pereira destacou a articulação do Governo do Estado junto ao Governo Federal para a efetivação dos mecanismos de aquisição de arroz envolvendo 4,9 milhões de toneladas, com um investimento total de mais de 1 bilhão e 100 mil reais.

Com 26 assinaturas, está garantida a criação da CPI do Arroz no RS

O líder da bancada do PSDB, deputado Jorge Pozzobom, garantiu, na tarde desta terça-feira (09), a criação da CPI do Arroz com as assinaturas dos sete deputados da bancada PP e quatro titulares do PTB. A Comissão Parlamentar de Inquérito busca apurar as causas da atual situação econômica e financeira da cultura do arroz e investigar toda a cadeia produtiva do grão. Somando às anteriormente obtidas com as bancadas do PSDB, PMDB, PPS e DEM, o requerimento possui 26 assinaturas, ultrapassando às 19 necessárias. “Agora vamos procurar as outras bancadas, pois esse trabalho tem que ser de todo o Parlamento gaúcho. Essa CPI não é só a favor dos produtores de arroz. É, também, a favor de todo o Estado do Rio Grande do Sul” destacou Pozzobom.

Antes de protocolar o requerimento, o parlamentar afirmou que reuniões de trabalho serão realizadas para organizar previamente as condições de trabalho na Comissão Parlamentar de Inquérito. “Essa prévia organização é de fundamental importância devido à complexidade das causas a serem investigadas” afirmou.

sábado, 13 de agosto de 2011

PREVISÃO PARA RESTINGA SÊCA - PRÓXIMOS 15 DIAS

13/08
No sábado, a frente fria avança pela Região Sul, provocando chuva no Rio Grande do Sul, oeste e sul de Santa Catarina e no extremo sul do Paraná. Há risco de chuva forte, porém localizada, sobre o noroeste do Rio Grande do Sul, com acumulado de até 30mm. Também há previsão de ventos fortes, com rajadas de 70km/h na Metade Sul do Rio Grande do Sul, especialmente pela manhã. : A temperatura máxima entra em acentuado declínio, com máxima que varia entre 18°C e 22°C no sul e oeste do Rio Grande do Sul. Já no Paraná, Santa Catarina e no norte do Rio Grande do Sul, o calor prossegue.

14/08
No domingo, a frente fria causa chuva sobre o centro e norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul e leste do Paraná. Ainda há previsão de chuva forte, com acumulado que chega aos 20mm no norte do Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina. : Na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, o sol retorna, porém a temperatura entra em declínio, chegando aos 7°C em algumas cidades. : A temperatura máxima também entra em declínio, não passando dos 20°C em todo o Rio Grande do Sul, centro e leste de Santa Catarina e no leste do Paraná. O calor fica restrito apenas ao interior do Paraná e oeste de Santa Catarina neste domingo.
Previsão estendida
No domingo, a frente fria causa chuva sobre o centro e norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul e leste do Paraná. Ainda há previsão de chuva forte, com acumulado que chega aos 20mm no norte do Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina. Na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, o sol retorna, porém a temperatura entra em declínio, chegando aos 7°C em algumas cidades. A temperatura máxima também entra em declínio, não passando dos 20°C em todo o Rio Grande do Sul, centro e leste de Santa Catarina e no leste do Paraná. O calor fica restrito apenas ao interior do Paraná e oeste de Santa Catarina neste domingo. Na segunda-feira, a chuva retrocede e volta a atingir apenas o Estado do Rio Grande do Sul, com acumulado que chega aos 20mm no sul do Estado. Na terça-feira, retornam os grandes temporais à Região Sul, com acumulado que chega aos 60mm em algumas praias do sul do Rio Grande do Sul. Entre 17 e 21 de agosto, a chuva forte sobre o centro e sul do Rio Grande do Sul prossegue, com acumulado que chega aos 100mm entre a Campanha e Litoral Sul.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Decreto beneficia produtores de arroz de Santa Catarina

O decreto que dispensa até 11 de março do próximo ano a apresentação de matrícula do imóvel nos procedimentos de licenciamento ou cadastramento ambiental foi assinado pelo governador Raimundo Colombo, atendendo pleito do Grupo da Agropecuária do Vale do Itajaí. Os critérios serão estabelecidos pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma). A supressão da vegetação continua proibida, conforme a Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006.

O presidente da CRAVIL, Harry Dorow, destacou que o governador foi sensível ao pleito dos rizicultores, que estavam impossibilitados de conseguir financiamento, caso a área cultivada fosse superior a 10 hectares. “Na audiência que teve a participação do secretário da Agricultura, João Rodrigues, mostramos que a exigência da averbação da reserva legal não tinha cabimento, já que o prazo foi prorrogado pela presidente Dilma Rousseff para dezembro”. Dorow explicou que caso persistisse a resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), cerca de 4 mil produtores ficariam sem condições de efetuar o plantio de arroz por falta de financiamento. “Isso significa para Santa Catarina em torno de 2,4 milhões de sacas a menos, sendo 700 mil no Vale do Itajaí”.


Dorow observou que a medida contempla cerca de 40% rizicultores que cultivam mais de 10 hectares na bacia hidrográfica do Rio Itajaí, que são responsáveis por 60% da produção. “Com os preços praticados na última safra esses produtores estavam sem condições de bancar o plantio caso o crédito não fosse liberado”. O presidente explicou que diante da inadimplência ambiental os bancos não estavam liberando linhas de financiamento, inclusive para o plantio de pomares, palmáceas e musáceas, além de reflorestamento.

Previsão para Restinga Seca-RS / 15 Dias


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Leilões da Conab comercializam as 120 mil toneladas de arroz ofertadas para o RS

Hoje, dia 04 de agosto, foi realizado o terceiro leilão de PEPRO (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) do ano para escoamento de 25 mil t de arroz em casca da safra 2010/11. Para o Rio Grande do Sul foram ofertadas 20 mil t de arroz, sendo negociada toda a oferta (20 mil t). O prêmio concedido ao produtor de arroz gaúcho registrou um deságio, passando de R$ 7,51 por saca de 50 kg na abertura do leilão para R$ 6,87 no fechamento (de 0,1502 por kg para 0,1374 por kg). Não houve interesse nas 5 mil t de arroz ofertadas para Santa Catarina.
 
Também no dia de hoje, a Conab realizou outro leilão de PEP (Prêmio para Escoamento de Produto) para escoar 140 mil toneladas de arroz em casca. Foi negociada toda a oferta de 100 mil t para o Rio Grande do Sul. A subvenção concedida foi de R$ 7,50 por saca de 50 kg (0,1502 por kg) no fechamento do leilão, um pequeno deságio em relação à subvenção de abertura (que era de R$ 7,51 por saca de 50 kg). Cabe destacar que em 2011 já foram ofertadas 1,34 milhão de t de arroz via PEP para o estado, com comercialização de 1,19 milhão de t (89% do total).
Para Santa Catarina, por sua vez, foram vendidas 3,75 mil t das 20 mil t ofertadas (a um prêmio de R$ 7,51). Já para o Mato Grosso do Sul, foram negociadas apenas 1 mil t das 10 mil t ofertadas (a um prêmio de R$ 8,765 por saca de 50 kg). Não houve interesse nas 10 mil t ofertadas via PEP para o Paraná.

Destacamos que o PEPRO é uma subvenção econômica concedida diretamente ao produtor rural e/ou sua cooperativa que disponha a vender seu produto pela diferença entre o Valor de Referência estabelecido pelo Governo Federal e o Valor do Prêmio Equalizador arrematado em leilão.

Já o PEP é um prêmio concedido aqueles que se disponham a adquirir o arroz (diretamente do produtor rural e/ou cooperativa) na UF de plantio, por valor não inferior ao Preço Mínimo, promovendo o seu escoamento para regiões de consumo previamente estabelecidas.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tendência de alta se confirma em julho e é mantida para agosto

Apesar de vir perdendo o fôlego na última semana, os preços médios do arroz em casca no Rio Grande do Sul subiram 12,76% em julho. Apesar desta alta, acumulada com os índices positivos de junho, o processo ainda é de recuperação, diante da queda das cotações iniciada em 2010. Na última sexta-feira, segundo o Indicador do Arroz Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa , a saca de 50kg (58x10), colocada na indústria, encerrou o mês de julho cotada a R$ 22,89, no nível de janeiro de 2011.
O Cepea/Esalq indica que enquanto o Indicador caiu 14% no acumulado do primeiro semestre (30 de dezembro/2010 a 30 de junho/2011), apenas em julho/11, o Indicador subiu quase 13%. A retração da oferta, determinada pela intervenção compradora do governo federal no mercado de arroz nos estados do Sul, determina esse cenário, bem como os mecanismos de apoio às exportações. A prorrogação dos vencimentos de custeio e investimentos também corrobora a retração da oferta. Os produtores, estrategicamente, aguardam preços ainda melhores, que devem se confirmar em agosto. Algo mais perto do preço mínimo de garantia do governo federal, estipulado em R$ 25,80 para Rio Grande do Sul e Santa Catarina, por saca de 50 quilos de arroz do padrão citado.
A conjuntura, porém, começa a dar sinais de enfraquecimento da alta, apesar de novos leilões de PEP, Pepro e contratos públicos de opção, previstos para esta e a próxima semana. Em primeiro lugar, a indústria está com severas dificuldades de repassar os preços do casca para o beneficiado à rede varejista. Ao ponto de lideranças supermercadistas alertarem para um “grande avanço de preços ao consumidor” para o arroz brasileiro, imediatamente contestada pela cadeia produtiva do arroz. Afinal, os preços nos supermercados recuaram muito menos – em algumas marcas insignificativamente – para o consumidor, do que ao produtor.
Por outro lado, à medida que sobem as cotações internas, o mercado brasileiro torna-se extremamente atrativo para as importações do Mercosul. Em recente entrevista à Planeta Arroz, o presidente da Abiarroz, André Barretto, afirmou que é uma questão de sobrevivência e, se a matéria-prima for ofertada a preços menores na fronteira argentina e uruguaia, dentro dos princípios de livre comércio do Mercosul, não há porque a indústria absorver o custo superior de uma operação de compra interna. Diversos agentes de mercado reportam oferta de arroz argentino com preço de paridade abaixo de R$ 22,00 na fronteira gaúcha.
Esse movimento pode abrir um gargalo de entrada de arroz no mercado brasileiro que não era tão esperado, o que obriga a cadeia produtiva e o governo a ampliarem os esforços de exportação e, ao mesmo tempo, encontrarem formas de controlar as ações de importação.
Neste contexto, a Federarroz encaminhou denúncia ao Ministério Público pelo descumprimento, pelo governo gaúcho, da lei que obriga a pesagem e análise laboratorial fitossanitária do arroz importado do Mercosul. O argumento, além do dano econômico, é o dano à saúde pública, já que Argentina, Uruguai e Paraguai utilizam agrotóxicos proibidos no Brasil para esta cultura, e há indícios da ocorrência de resíduos. Ao mesmo tempo, a entidade obteve uma grande vitória na Justiça Federal, que determinou ao governo federal a realização do mesmo tipo de exames fitossanitários para o arroz importado em todo o território nacional. Medida para a qual ainda cabe recurso do governo federal, mas dá mais força à reivindicação.
A expectativa do setor é para novo levantamento da safra de grãos que a Conab divulgará nos próximos dias e alguma alteração no quadro de oferta e demanda. Enquanto isso, o setor já se movimenta para pedir um reajuste no prêmio do PEP, que compense a elevação dos preços (em dólar) do arroz para exportação. 
AGOSTO
Nos dois primeiros dias de agosto, o Indicador do Arroz Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&F/Bovespa já indica uma alta de 1,22% nos preços do arroz, cotado nesta terça-feira a R$ 23,17, o equivalente a US$ 14,78 dólares por saca, pelo câmbio do dia. O preço, para os padrões internacionais, é amplamente atraente, mas ainda fica R$ 2,63 abaixo do preço mínimo, meta dos produtores. Na semana, até esta quarta-feira (3/8), a média de comercialização no RS é de R$ 23,00 para o produto colocado na indústria, segundo o indicador. Na semana passada foi de R$ 22,65.
No mercado livre gaúcho os preços ao produtor variam de R$ 21,50 a R$ 22,50, dependendo da região e do padrão do produto e da demanda das empresas. Baixo volume de negociação é registrado, apesar de uma ligeira pressão verificada nos últimos dias em razão da busca de insumos para a formação da próxima lavoura.
Em Santa Catarina, nas diversas regiões, os preços médios variam de R$ 20,00 a R$ 21,00,com maior resistência à alta, pois boa parte dos produtores já negociou na baixa o produto, pela estrutura fundiária de pequenas propriedades e necessidade de caixa imediatamente após a safra. Os analistas, de maneira geral, trabalham com a expectativa de um agosto de recuperação gradual e artifical nos preços gaúchos e catarinenses, em razão dos mecanismos de governo. O Mato Grosso, com estabilidade entre oferta e demanda, mantém cotações médias de R$ 24,00 a R$ 26,00 pela saca de 60 quilos de arroz, tendo como referência a variedade Cambará, com mais de 55% de inteiros.
As intensas chuvas dos últimos dias no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, têm recuperado bem os mananciais. Na Depressão Central gaúcha, os mananciais já mostram recuperação para a próxima safra, mas a Campanha ainda mantém um quadro de baixa recomposição hídrica.
MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre, indica preços médios do arroz e seus derivados em alta na última semana. A saca de arroz de 50 quilos, em casca, valorizou R$ 1,00 e alcançou a média de R$ 23,00, enquanto o saco de 60 quilos de arroz beneficiado - sem ICMS – evoluiu R$ 3,00 em 12 dias, para R$ 46,00. Entre os derivados, a expectativa de um leilão de arroz de baixa qualidade para ração animal manteve estável o preço da tonelada de farelo, em R$ 270,00. O canjicão valorizou 50 centavos para R$ 32,00 por saca de 60 quilos (FOB/RS). A quirera, também em 60 quilos, manteve os R$ 29,00 da semana anterior.

COTAÇÕES INTERNACIONAIS

Cotações médias - 08 de julho de 2011

AMERICAS
 Tipo/Padrão USA  Uruguai Argentina
 4% - 5%  $ 550  -  $ 540  $ 510
 10%  $ 540  -  $ 500  $ 500
 15%  $ 530  -  -  -
 Brown  $ 515  -  -  -
 4% cont./CY  -  -  -  -
 Paddy  $ 300  -     $ 245  $ 245
 
ASIA
Tipo/Padrão Tailândia  Vietnã  India  Paquistão
 100% B $ 537 - - -
 5% $ 519 $ 485 - $ 495
 10% $ 520 $ 475 - N/A
 15% $ 510 $ 465 - $ 455
 25% $ 480 $ 445  -
 Parboilizado $ 547 - - $ 530
 US$/Ton. FOB Origem - Beneficiado

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Vietnã exportou mais de 600 mil toneladas de arroz em julho

Vietnã exportou cerca de 636.344 toneladas de arroz em julho e 4,55 milhões de toneladas entre janeiro e julho, de acordo com a Associação de Alimentos do Vietnã. Em abril, o Ministério da Agricultura previa que o país exportasse cerca de 7,4 milhões de toneladas em 2011, contra cerca de 6,7 milhões de toneladas em 2010 e 5,9 milhões de toneladas em 2009.

USDA confirma em relatório que a colheita da safra de arroz está progredindo

O USDA informou segunda-feira que 47% da safra de arroz dos EUA está colhida, acima dos 33% da semana passada, no entanto abaixo dos 65% do ano passado, mas na média 2006-2010 de 49%.  
As condições para a cultura do arroz nos EUA melhoraram desde a semana anterior com 64% da colheita avaliada de bom a excelente, acima dos 63% na semana passada, mas abaixo dos 72% do ano passado.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

RS: estado poderá ter usina de etanol de arroz

O Rio Grande do Sul pode ter, nos próximos anos, a primeira usina brasileira de grande porte para a transformação de arroz energético para etanol, segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP), Roberto Hukai. Ele esteve em Porto Alegre (RS), onde palestrou sobre o tema Alimentos, Energia e Meio Ambiente. Segundo o professor, o projeto ainda está em fase de estudos de viabilidade, pedido pela Agência de Desenvolvimento de São Borja (RS), e deve contar com o apoio do Badesul para a busca de recursos. Hukai lembra que os japoneses já utilizam o arroz para a destilação do álcool na produção de bebidas, como o saquê. Ele defende que o produtor deva ser incentivado a usar variedades específicas para a energia. Segundo ele, há espaços para o arroz energético. Arroz energético não tem nada a ver com o arroz comestível, segundo ele. Durante a palestra, Hukai analisou o uso do arroz para a produção de etanol e dos chamados co-produtos, procurando desmistificar o impasse entre produção de alimentos ou produção de biocombustível. A ideia foi discutir formas de como ampliar a utilização dos excedentes de arroz, encontrando alternativas de aproveitamento econômico para os subprodutos.