quinta-feira, 19 de abril de 2012

Brasil dobra exportações em um mês

As exportações brasileiras de arroz seguem em ritmo acelerado. De acordo com números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os produtores brasileiros exportaram 186,7 mil toneladas de arroz (base casca) em março. O volume foi, praticamente, o dobro do embarcado no mês anterior. 

 
No ano comercial 2011/12, o Brasil bateu o recorde de suas exportações de arroz, com 2,09 milhões de toneladas. De acordo com Renato Rocha, presidente da Federarroz, os dados confirmam as expectativas da federação de que as vendas externas brasileiras do grão cheguem a 1,5 milhão de toneladas no ano comercial corrente - 2012/13. 

 
A colheita do arroz no Rio Grande do Sul foi concluída em 80,2% da área projetada em 1,038 milhão de hectares.  "A colheita está sendo feita no tempo certo graças ao uso de cultivares precoces e à boa insolação das lavouras", explica o assessor de Políticas Setoriais da Fundação Irga, Mário Sérgio de Lima Azeredo.

Previsão Climática - 2012/2013

ATENÇÃO!!! A versão do novo modelo de previsão numérica CFSv2 da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), que substitui a versão CFS que vai ser descontinuada, apresenta resultados bem diferentes da versão antiga. Conforme a figura abaixo, se pode observar que o CFSv2 indica claramente a instalação de um El Niño (águas quentes sobre o Oceano Pacífico equatorial) no decorrer de 2012, enquanto que a versão antiga (CFS) indicava uma condição neutralidade. 
 
Com isso, de acordo com a nova versão, o segundo semestre de 2012 teria um cenário semelhante (não necessariamente igual) a 2009. Já as recentes rodadas dos modelos do IRI (International Research Institute for Climat end Society), apontam para uma provável fase quente das águas do Oceano Pacífico equatorial, porém ainda NÃO definem claramente e as informações não consistentes sobre a instalação do El Niño em 2012. 
 
Considerando a fase de transição climática e ainda algumas indefinições sobre o comportamento do Oceano Pacífico, recomendamos cautela na aplicação dessas informações e de preferência aguardar novos resultados no decorrer de abril, que estarão sendo divulgados regularmente nos nossos Boletins semanais.

Boletim Climático (abril, maio e junho)

Apesar da presença de algumas áreas de anomalia negativa de TSM no Pacífico
Equatorial Central já percebe-se a rápida diminuição e final do evento La Nina, com até
mesmo pequenas inversões do sinal especialmente na região leste do Pacifico. O Atlântico
Central ainda permanece com anomalias negativas, mas com forte aumento nas anomalias
positivas no Atlântico Sul. 

A combinação destas anomalias de TSM favorece a inversão dos padrões de chuva no Estado, ou seja, uma maior regularidade das mesmas. A análise detalhada dos modelos estatísticos (CPPMet/UFPel) já indicam para os meses de abril e maio precipitações pouco acima do padrão climatológico em todas as regiões, especialmente no oeste do Estado em abril e no noroeste no mês de maio.
Para o mês de junho a tendência aponta para valores dentro do padrão climatológico em todas as regiões. 

Para as temperaturas mínimas, os modelos apontam para os meses de abril e maio valores médios pouco acima do padrão climatológico em todas as regiões, especialmente em abril no oeste do Estado. Para o mês de junho esperam-se valores médios dentro do padrão climatológico na maior parte do estado.
As temperaturas máximas apresentam tendências semelhantes as temperaturas
mínimas. Para o mês de abril os modelos apontam para valores ligeiramente acima do padrão na maior parte do Estado. 

No mês de maio, deve predominar padrão pouco acima especialmente na metade norte do Estado. Em junho espera-se valores dentro do padrão climatológico na maior parte das regiões. Salientamos que a tendência de aumento de precipitações, são indicações de padrões climáticos predominantes para grandes áreas, podendo ocorrer neste período eventos localizados de grande intensidade. Os prognósticos das temperaturas são para valores médios mensais, no entanto, podem ocorrer variações diárias de maiores magnitudes. O Outono tem como característica o aumento na intensidade das massas de ar polar,
consequentemente com possíveis geadas precoces.

Previsão do tempo - Restinga Sêca e região