segunda-feira, 25 de julho de 2011

Estratégias de prevenção na várzea

A estratégia mais importante durante o inverno consiste no preparo antecipado da área logo após a colheita da lavoura de arroz, com operações de aração ou gradagem do solo. Isso propicia controlar as plantas daninhas que aparecem no final do ciclo da cultura e preparar cedo a área para a próxima estação de cultivo, permitindo que o agricultor realize o plantio no período tecnicamente recomendado, entre setembro e meados do mês de novembro.

Além do preparo antecipado do solo, o orizicultor também pode semear alguma espécie para a cobertura do solo que dificulte o desenvolvimento de plantas daninhas durante a entressafra. O azevém, por exemplo, é espécie que apresenta tolerância ao excesso de água nos solos de várzea e pode ser utilizado para a supressão do estabelecimento de plantas daninhas na lavoura. Além disso, também pode servir para o pastoreio de animais neste período, o que representa uma fonte de renda para o agricultor.

Caso o agricultor decida manter a lavoura em pousio, após o preparo do solo, podem-se utilizar herbicidas para o manejo das plantas daninhas que infestarem a área. Segundo recomendação técnica, a aplicação deve ser feita antes das plantas produzirem sementes, o que requer observação periódica da área durante a entressafra. Deste modo, os orizicultores devem monitorar a presença destas espécies e realizar uma ou mais aplicações quando necessário. Importante alertar que é essencial a orientação de um agrônomo para a escolha do herbicida, da dose a ser utilizada e das condições climáticas para a sua aplicação.

Outra estratégia a ser utilizada nas áreas mantidas em pousio durante o inverno consiste da introdução de aves na lavoura de arroz logo após a colheita dos grãos. Algumas espécies, como os marrecos-de-pequim, alimentam-se de sementes localizadas na superfície do solo e, assim, diminuem a infestação da área com plantas daninhas, especialmente com o arroz vermelho.

Como referência, utiliza-se de 30 a 50 marrecos por hectare, mantendo-os sempre no mesmo local até permaneçam ativos na captura de sementes. O preparo do solo deve ser realizado logo após a remoção das aves da área.

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